Quatro horas da manhã estival,
O sono de amor ainda persiste.
Nos arbustos já não mais existe
Noturnos odores de festival.
Lá ao longe, ao sol das Hespérides,
Em seus imensos canteiros
Já se movem — em mangas de camisa —
Os Carpinteiros.
Em seus Desertos de espuma, tranqüilos
Preparam preciosas molduras
Onde a cidade
Pintará céus de impostura.
Ó, por estes Obreiros fascinantes
Quem um rei de Babilônia têm atados,
Vênus! Abandona teus amantes
cujos espíritos tens escravizados.
A todos eles, Rainha dos Pastores,
a aguardente tens de levar
Que estejam mansos os trabalhadores
Quando ao meio-dia se banhem no mar.
(Fonte: http://www.jornaleco.net/Rimbaud/temporada.htm)
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