Só na beleza criada pelos outros
existe consolação, na música
e nos poemas dos outros
Só os outros podem nos salvar,
mesmo que a solidão tenha o sabor
do ópio. Não são o inferno, os outros,
se os espreitarmos de manhã, quando
têm a testa limpa, lavada pelos sonhos.
Por isso cismo sobre a palavra
que hei de usar, "ele" ou "tu". Cada "ele"
é uma traição a qualquer "tu", mas,
em troca, um poema de alguém fielmente
oferece uma fresca, moderada conversa.
via: facebook de Júlia de Carvalho Hansen
Nenhum comentário:
Postar um comentário