terça-feira, 11 de maio de 2021

Porque eu não pude parar para a Morte, de Emily Dickinson, tradução de Henry Alfred Bugalho

Porque eu não pude parar para a Morte –

Ela gentilmente parou para mim –

Na Carruagem, apenas nós –

E a Imortalidade.


Nós viajamos lentamente – Ela não tinha pressa

E eu tive de pôr de lado

Meu trabalho e meu lazer,

Por Delicadeza –


Passamos pela Escola, onde Crianças se exercitavam

No Recreio – no Pátio –

Passamos pelos Campos dos Grãos Maduros –

Passamos pelo Sol Poente –


Ou melhor – Ele passou por nós –

O Orvalho veio tremulante e cálido –

Apenas como Fina Trama, minhas Vestes –

Meu Xale – apenas Tule –


Estacamos diante duma Casa que parecia

Uma Elevação do Solo –

Do Telhado pouco se via –

A Cornija – a tocar o Chão –


Desde então – por Séculos – e ainda

Mais breve que o Dia

Constatei que as Cabeças dos Cavalos

Voltavam-se para a Eternidade – 



enviado por aluno do cepae

link: http://www.revistasamizdat.com/2008/10/poemas-de-emily-dickinson.html

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