sexta-feira, 15 de outubro de 2010

sem título, álvaro de campos

Para saudar-te
Para saudar-te como se deve saudar-te
Preciso tornar os meu versos corcel,
Preciso tornar os meus versos comboio,
Preciso tornar os meus versos seta,
Precisa tornar os versos pressa,
Precisa tornar os versos nas cousas do mundo
Tudo cantavas, e em ti cantava tudo -
Tolerância magnífica e prostituída
A das tuas sensações de pernas abertas
Para os detalhes e os contornos do sistema do universo

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