terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Passeio, de Alfred Lichtenstein, 2

Tu, esses quartos
Fixos e as áridas ruas
E o rubro sol das casas,
A infame repugnância de todos
Os livros há muito já folheados –
Não os agüento mais.

Vem, precisamos sair da cidade
Para muito longe.
Vamos deitar-nos em
Suave gramado.
Ameaçadores e tão abandonados,
Contra o absurdamente grande,
Mortalmente azul, brilhante céu,
Levantaremos mãos choradas
E encantados,
Descarnados, apáticos olhos.

(tradução de Claudia Cavalcanti)
(fonte: http://albumzutico.blogspot.com/2008_01_29_archive.html)

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